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sexta-feira, 1 de abril de 2011

As águas de Março

Depois desse mergulho Cheio de luz e solidão Trazendo beleza, e assombro, por não mais aquele encanto nos meus olhos. Choros, e prantos, veêm somado aos risos. Vozes, são só palavras. Pra confundir e ofuscar o brilho, De um homem só!! Sentir, para assim um dia encontrar a sua morada, Na cruz em que encontram-se todos aqueles Levando consigo, as águas de Março, Toda vergonha de ser. No mais limpido brejo eu me rendo, Só enxergando e sentindo o seu poder. Tomando os meus sentidos, e cuidando do tempo Ser, é lindo, quem te conheçe. Também puderá, assim já tão pleno Solto e revolto no Ar Já totalmente tomado por você. E já tão menos eu. Que fui embora com as águas de março. Rá

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quântico


Devido as circunstâncias eu tomei a decisão naquele momento e fiz convicto, Convicto pra minha ascendente perspectiva é exitar algo puro e ingenuo com razão Consciência ॐ E eu ás considero, sabías? minhas convicções, também tudo aquilo que nasce e se cria desta minha existência pro mundo. Achar estranho tudo aquilo que lhe parece estranho, só por não parecer normal é banal assim como repetitivas ações das civilizações "modernas". repitititit Mais talvez possa ser que nem tudo seja totalitário aos fatos já vistos, ensinados e repassados Algo pode fugir da ordem ainda para os que preservam. Também para os que sentem, em ti e coisas "reais" como o real absoluto UM - AMOR - COMPAIXÃO - VASTO - DEUS - ENERGIA - PAZ - TERRA - NÓS - GENTILEZA - RESPEITO - MUNDOS - INFINITO Para os que navegam em seus vastos campos reluzentes a margem dessa massa poluente e também a toda ordem fulo Super fulo Poluente Fim da estoria sobre o Super fulo Qual que é desses ai? Real é perder por ter um sentido tão bonito, Taí o ferir mais o ferir bonito aquele que dá pra gente Valorizar-se além do Super fulo É preferível a minoria. Ser sagaz para escapar do fluxo assombroso que nos engasga e afoga guéla a baixo. Confiança é algo simples demais perante todas as verdades. Sintonia a questão. poder de teu Super Homem Tal dos moribundos existentes na planície terrestre. Amor Com graça! Corpo aberto me faz pensar e ' m crescer para construir. Liberdade!!!! Sentidos!

Ascenção caminho calado



Para os poetas, e conhecedores do amor sofrer, delírio do dia-a-dia, Rodeado daqueles que pisão, e ignoram aquilo de vital que ainda se faz presente, no tempo das pessoas com cabeça e sem cabeça que se lambuzam de todo gozo do tamanho de nada. Ver o que não é visível aos olhos, para os nobres senhores em sua salas isso soa como mágica. Ainda ouvimos alguém perguntar qual o truque seu magico. Ele responde calado. Fé de se conquistar em pensar.. Se fez um. Vertentes e verdades demais de uma fria e rígida vida. Da ilusão as palavras, e cidades. Confiança é algo simples demais, assombra a todos perante todas as verdades que se dizem essa gente Não conseguem confiar uns aos outros Só no que se fez efêmero! Aneurismas, e sincopes de personalidades ilustríssimas em suas casas dominicais. Sintonia é a questão. Poder do teu Ser perante a vida, Tal daqueles "poucos" não moribundos existentes nesta planície terrestre. Silêncio para o caminhante noturno

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TRANSCENDÊNCIA

Hoje saio de casa com os pés descalços, vestido solto. Eu saio com os cabelos revoltos, sem presilhas, sem grampos, sem laços de fita. Mas, antes disso, olho-me no espelho e percebo as imperfeições que sempre tentei esconder. Mesmo assim, hoje não uso creme facial, nem pó compacto. Hoje eu não uso batom. Nenhum tostão no bolso do vestido. Eu nem preciso de bolsa a tiracolo. Assim, sem dinheiro e sem referenciais, eu assovio pelas ruas. A roupa frouxa, cabelos soltos e sem maquiagem, eu saio de casa, com a cara limpa. Esqueço a carteira de cigarros em cima da mesa da sala de jantar. Na rua, sorvo uma tragada de oxigênio, respiro fundo. As endorfinas atuam, e tento não me lembrar de nada. Olho para as acácias do meu bairro e aspiro cheiros de mato molhado. Assim sem carteira de identidade, sem formalidades, eu me reconheço somente pelo meu jeito de vestir, pelo meu traje solto. As endorfinas se ativam no meu cérebro e sou cada vez menos lúcida. As ruas estão agitadas. Por alguns minutos, entro em contato com minha insanidade e sou feliz. Eu danço no meio da rua, na frente dos carros parados no semáforo. Eu me divirto com os pingos de chuva caindo no asfalto, molhando os automóveis, encharcando meus cabelos, empapando meu vestido que se cola ao meu corpo. A chuva torna meu rosto mais pálido, meus cabelos mais escorridos, meus mamilos excitados, duros, arrebitados. A chuva me faz mais louca e mais feliz, por instantes. Eu danço em rodopios, eu corro, eu levanto o vestido, toda molhada, em desalinho. Em plena euforia, alguém me segura pelo braço. “Senhora, afaste-se do meio da rua, a senhora está atrapalhando o trânsito”. O policial me pega com firmeza e me leva até à calçada, onde meus filhos e meus bisnetos me aguardam. Desde então, estou aqui, nesta casa, não sei se num hospital, se num asilo. Tosaram-me, e não mais sei quem é minha família. Escrito por Dora Limeira