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segunda-feira, 6 de abril de 2009

As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor


Tá rebocado meu compadre Como os donos do mundo piraram Eles já são carrascos e vítimas Do próprio mecanismo que criaram O monstro SIST é retado E tá doido pra transar comigo E sempre que você dorme de touca Ele fatura em cima do inimigo A arapuca está armada E não adianta de fora protestar Quando se quer entrar Num buraco de rato De rato você tem que transar Buliram muito com o planeta E o planeta como um cachorro eu vejo Se ele já não aguenta mais as pulgas Se livra delas num sacolejo Hoje a gente já nem sabe De que lado estão certos cabeludos Tipo estereotipado Se é da direita ou dá traseira Não se sabe mais lá de que lado Eu que sou vivo pra cachorro No que eu estou longe eu tô perto Se eu não estiver com Deus, meu filho Eu estou sempre aqui com o olho aberto A civilização se tornou complicada Que ficou tão frágil como um computador Que se uma criança descobrir O calcanhar de Aquiles Com um só palito pára o motor Tem gente que passa a vida inteira Travando a inútil luta com os galhos Sem saber que é lá no tronco Que está o coringa do baralho Quando eu compus fiz Ouro de Tolo Uns imbecis me chamaram de profeta do apocalipse Mas eles só vão entender o que eu falei No esperado dia do eclipse Acredite que eu não tenho nada a ver Com a linha evolutiva da Música Popular Brasileira A única linha que eu conheça É a linha de empinar uma bandeira Eu já passei por todas as religiões Filosofias, políticas e lutas Aos 11 anos de idade eu já desconfiava Da verdade absoluta Raul Seixas e Raulzito Sempre foram o mesmo homem Mas pra aprender o jogo dos ratos Transou com Deus e com o lobisomem

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